No dia 10.06.2021 professores, professoras e estudantes da UECE foram intimados pela polícia federal para depor sob a acusação de “práticas antifascistas” no ano de 2018.
Não nos surpreende a criminalização de lutadores e lutadoras do povo pelo poder repressor do estado policial de ajuste que foi forjado no seio do governo PT com a lei de segurança nacional, operações no Haiti e em favelas brasileiras, estando agora sob o comando do governo Bolsonaro e do germe do fascismo que cresce a cada dia nas escolas e universidades pelo Brasil, arrancando direitos e livre-expressão dos e das de baixo, direitos conseguidos por aqueles e aquelas que vieram antes de nós e pelos quais passaram décadas lutando.
Por outro lado, nos dá esperança que contra o fascismo cresce a força do povo organizado em luta e nas ruas, força da qual esses aguerridos e aguerridas professores, professoras e estudantes da uece são parte latente, vibrante, em movimento.
Reafirmamos que ser antifascista é dever de cada lutador e lutadora nesses tempos obscuros que estamos vivendo. Colocar o antifascismo como crime escancara as intenções autoritárias do estado policial desse período histórico que estamos vivendo.
Expressamos nossa total solidariedade e, por saber que solidariedade é mais que palavra escrita, nos colocamos de mãos dadas e punhos erguidos para enfrentar com vocês esse Estado que nos oprime e criminaliza.
Fortaleza, 23.06.2021.
Organização Resistência Libertária (CAB)