Desde o dia 23 de março, trabalhadoras e trabalhadores do INSS estão em greve por melhores condições de trabalho, reajuste salarial e realização de concurso público. A paralisação das atividades já foram registradas em 23 estados e no Distrito Federal.
Hoje, o INSS tem a maior fila de benefícios pendentes de análise em toda sua história, com força de trabalho reduzida em aproximadamente 50%, alto índice de adoecimento entre os servidores, e agências por todo o país sem infraestrutura mínima para garantir o simples atendimento presencial para a população.
Esse cenário se deve a décadas de descaso, agravado pelas políticas de desmonte da previdência social, impostas por medidas de ajuste fiscal como o famigerado Teto dos Gastos, que previa o congelamento de investimentos públicos, além das reformas neoliberais Trabalhista e da Previdência, que dificultaram a contribuição e o acesso dos trabalhadores do regime geral aos benefícios e serviços da previdência.
Além disso, ainda paira a ameaça da Reforma Administrativa (PEC 32/2020) que pretende reforçar a burocracia estatal, aprofundando sua instrumentalização pelos tecnocratas, políticos e capitalistas, em detrimento do controle social dos serviços públicos. Esses ataques das classes dominantes não atingem apenas os trabalhadores do INSS, também alcançam todo o conjunto da classe trabalhadora e suas famílias.
Contra a dominação privada sobre o serviço público, nos colocamos ombro a ombro na luta das trabalhadoras e trabalhadores do INSS!
Solidariedade às/aos trabalhadoras/es do INSS em greve!
Lutar, Criar, Poder Popular!
Coordenação Anarquista Brasileira
Abril de 2022