jun 052012
 

A OFENSIVA DOS PATRÕES AGORA É POLICIAL

Conclamamos os homens e mulheres de bom coração na cidade de Fortaleza à reflexão sobre os últimos fatos e às versões divulgadas das greves dos trabalhadores gráficos e da construção civil. A distorção nas versões fabricadas indicam um fato novo e grave no conteúdo das lutas por democracia, liberdade e dignidade no Ceará.

A patronal se unifica. Seus jornais preparam o terreno. Querem desencarnar o coração e o sentimento daqueles que acreditam num outro mundo possível. Tratam trabalhadores como baderneiros. Transformam, aos olhos do povo da cidade de Fortaleza, os trabalhadores que lutam heroicamente por um aumento de dezoito reais em hordas violentas.

Os patrões traçam uma nova tática: grave e perigosa às conquistas democráticas tão duramente conquistadas nas últimas décadas. Repercutem fatos isolados em versões de conteúdo policial. Deslocam o debate e as soluções mediadas nos espaços credenciados no campo institucional. Querem retirar a mediação possível da Assembléia Legislativa e do Ministério Público do Trabalho. O Batalhão de Choque se prepara. Em defesa da lei e da ordem, entram em cena o Secretário de Segurança Pública e o Delegado de Polícia Civil.

Tudo se torna caso de polícia.  Defendem a repressão aberta.  O cenário está armado. A repressão é urdida, como dantes em nossa história. Um agente patronal monta este cenário: o Diário do Nordeste. O jornal que não respeita o direito de greve, que contrata fura-greve e os confina na oficina de impressão, é o mesmo que censurou e puniu com a demissão um jornalista por simplesmente entrevistar o reconhecido sociólogo Michael Lowy.   Acusação: a matéria tinha conteúdo subversivo (isso mesmo amigos, conteúdo subversivo). Tratava-se do lançamento do seu livro Revoluções, no nosso bucólico Mercado dos Pinhões.

Tão grave quanto a trama urdida, pode ser nosso silêncio. Como o poeta dizia, pode ser na hora do silêncio que eles arranquem nossas flores. Como já nos ensinaram as belas lições dos jornalistas, a crítica pode libertar nossas flores.

Apelamos, outra vez, aos homens e mulheres de bom coração a dizermos juntos: NÃO EM NOSSO NOME! Contra a trama insidiosa da repressão, conclamamos a juntarmos nossas vozes em defesa da História, da Liberdade de Imprensa, da Solidariedade e da Esperança.

EM DEFESA DA LIBERDADE DE IMPRENSA EM FORTALEZA!

TODO NOSSO APOIO E SOLIEDARIEDADE À LUTA DOS TRABALHADORES!!

 

Assinam essa nota:

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO – MTST; PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO- PCB; PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL; PARTIDO OPERÁRIO REVOLUCIONÁRIO – POR; UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA – UJC; COLETIVO BRAÇOS DADOS; COLETIVO BARRICADAS; DCE UECE; LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE; REDE NACIONAL DE ADVOGADOS E ADVOGADAS POPULARES – RENAP; FRENTE NACIONAL DE RESISTÊNCIA URBANA; COORDENAÇÃO DA COMUNA 17 DE ABRIL; ORGANIZAÇÃO RESISTÊNCIA LIBERTÁRIA – ORL; CORRENTE POPULAR UNIDADE CLASSISTA – LUTA POR MORADIA; CENTRO ACADÊMICO LIVRE DE SERVIÇO SOCIAL – CALSS – UECE; CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA – UECE; SINDICATO DOS DOCENTES DA UECE – SINDUECE; SINDICATO DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA GRÁFICA, DA COMUNICAÇÃO GRÁFICA E DOS SERVIÇOS GRÁFICOS DO ESTADO DO CEARÁ – SINTIGRACE; SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS DE FORTALEZA; SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ – SINTSEF; SINDICATO DOS SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA – SINDIFORT; MOVIMENTO LIVRE; PLEBEU GABINETE DE LEITURA

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