Organização Resistência Libertária

nov 192015
 

Reproduzimos abaixo a nota do Movimento Social FOME, em solidariedade as vítimas da chacina ocorrida na Grande Messejana.

 

 

 

 

Solidariedade aos irmãos vítimas da chacina na Grande Messejana


Nós que fazemos parte do Movimento Social FOME nos solidarizamos com todas as famílias, parente e vítimas da chacina ocorrida no último dia 11 de Novembro na Grande Messejana.

O Movimento Social FOME é mais uma Força na Resistência contra as formas banais que o Estado transfigura nas periferias cearenses, com o braço armado e opressor (Polícia).

Somos a rebeldia nascente nas periferias da cidade de Sobral e como um todo, apoiamos os irmãos e as irmãs que também estão na linha de frente nos guetos suburbanos, passando por essa “Guerra não declarada”. Constitui-se uma “Guerra não declarada”, pois os meios de comunicação e alienação vinculados ao Estado são todos comprados, gerando dessa maneira um silêncio diante das atrocidades cometidas pelo Estado na periferia.

Como vimos no último dia 11 de Novembro toda a periferia em completo desespero por mais uma chacina na capital do sangue “Fortaleza”, nossa União vai além do estado de LUTO para a LUTA por justiça e liberdade aos atos cometidos.

Grande Messejana tem todo o nosso apoio e solidariedade para fortalecer nessa caminhada e não calar-se perante as injustiças e omissões do Estado contra essa população que só é lembrada nas estatísticas criminais.

Aos irmãos vítimas desse extermínio da juventude negra e periférica nosso salve e apoio aos parentes e aos também que ainda se encontram nos hospitais, assim como os que hoje estão sendo ameaçados pelos grupos de extermínio por denunciarem essa barbárie cometida na periferia da capital cearense.

 

Curió- Antônio Alisson Inácio Cardoso Curió – Jardel Lima dos Santos Curió -Desconhecido do sexo masculino

Alagadiço Novo – Marcelo da Silva Mendes.  Alagadiço Novo – Patricio João Pinho Leite

São Miguel -Jandson Alexandre de Sousa.  São Miguel – Francisco Elenildo Pereira Chagas. São Miguel -Valmir Ferreira da Conceição

Messejana – Pedro Alcantara Barroso do Nascimento. Messejana – Marcelo da Silva Pereira. Messejana – Desconhecido do sexo masculino

 

União, Força e Resistência

 

 

nov 132015
 

 

 

Contra a violência de gênero em organizações políticas!

A resistência é a vida!

Organização Resistência Libertária [ORL/CAB]

 

“Saúdo a todas aquelas valentes mulheres (…). O velho mundo deveria temer o dia em que aquelas mulheres finalmente decidam que já tiveram o bastante. Aquelas mulheres não fraquejarão. A força se refugia nelas. Tomem cuidado com elas… Tomem cuidado com as mulheres quando se cansem de tudo o que as rodeia e se levantem contra o velho mundo. Nesse dia um novo mundo começará.”

Louise Michel (1830-1905)

Toda forma de opressão e autoritarismo é nociva. E nós, anarquistas, sabemos – ou deveríamos saber – disso melhor que ninguém. Buscamos a liberdade, essa liberdade agregadora que aumenta quando quem está perto de mim também a vive. Tentamos a todo o momento cumprir ou proporcionar realização à ideia de que a liberdade da outra pessoa estende a minha ao infinito… certo? É, parece que nem sempre.

Sabemos também que possuímos valores enraizados, incentivados pela mídia e pelo Estado, valores que vêm de uma sociedade opressora por todos os lados (elitista, patriarcal, racista, extremamente homofóbica, individualista, e tanto mais). Sabemos, mas parecemos não nos importar com nossa propensão ao machismo e à homofobia, que também temos, pois vivemos em uma sociedade patriarcal e heteronormativa. Assim, muitas vezes utilizamos o rótulo de pessoas libertárias sem nos importarmos com as diversas esferas que a liberdade deve proporcionar.

Quando falamos de luta de classes, o primeiro exercício que fazemos com a pessoa oprimida é reconhecer (de forma lenta ou rápida) que ali há uma relação de opressão, que a resposta não é virar um opressor, que devemos diariamente lutar para que esse tipo de relação não possa mais acontecer. Resumidamente seria isso, certo?

Pois bem, com o gênero não temos feito isso. Com sinceridade, metade das mulheres sequer reconhecem as coisas que vivem como opressões, da mesma forma que várias vezes a pessoa trabalhadora não se vê oprimida. Existe até a imagem de empresárix bonzinhx! O capitalismo tem dessas facilidades, de mascarar as relações e fazer você pensar que ela não está ali. E de individualizar o conflito, de dizer que o problema foi que alguém é assim, de que naquele dia tinha acontecido tal coisa, e que cada uma dessas ocorrências estão isoladas, como se não fossem ações em massa.

A opressão de gênero, comumente chamada de machismo, pode se dar nas relações interpessoais ou institucionais. Nas relações interpessoais ela ocorre, sobretudo, nos lugares pretensamente privados – mas pode acontecer também no âmbito de uma Organização Política, por exemplo. O machismo interpessoal relaciona-se às atitudes e condutas negativas que os homens dirigem às mulheres nas relações interpessoais. Já o machismo institucional dá-se com a violência de gênero perpetrada pelo Estado, muitas vezes através da falta de políticas públicas ou via ações do judiciário.

Lembramos que a violência de gênero possui várias interfaces, que se separam de forma didática, mas inevitavelmente aparecem em nossas vidas (de nós, mulheres) de forma entrelaçadas: violência física, psicológica, sexual, simbólica… Portanto, não é porque você nunca espancou ou estuprou uma mulher que isso significa nunca ter cometido uma violência de gênero.

Diante de tudo isso, propomos parar. Sabemos que é difícil inclusive encontrar em nós mesmos certos valores e crenças. É um processo de autoavaliação e de prática constantes. Da mesma forma que a própria luta de classes o é. Não nos perguntamos quando nossas atitudes favorecem ou não uma emancipação? Devemos perguntar o mesmo para todas as esferas de nossa vida, e aqui incluímos em tom permanente nossas preocupações com as questões de gênero.

Quase toda mulher (senão todas) passou por opressões que a construíram e que hoje as formam, independente se lutam contra isso ou não. É-nos ensinado a baixar a cabeça, a não criar conflitos, a cuidar apenas da casa, a falar baixo, a não se impor, a cuidar da beleza, a não confiar nas outras mulheres, a sermos sempre as culpadas, a ter rixas, e preocupar-se apenas com uma boa relação amorosa, a evitar espaços públicos etc. Que mulher de respeito não é estuprada e que aquela que foi, na verdade, estava com a roupa errada. Se estivesse “bem vestida” estava no lugar errado. Se estiver no “lugar certo” era no horário errado. A sociedade sempre busca justificar o estupro colocando a culpa na vítima.

E nunca a culpa é da vítima. Nunca!

Da mesma forma que posso não entender completamente o que é trabalhar nas condições precárias de um minério, mas posso me solidarizar, haverá coisas que os homens não entenderão completamente. Não entenderão completamente que as possibilidades de violência de gênero são muitos sutis. Compreendemos que é difícil quebrar com o que nos foi ensinado e aquilo que a sociedade reforça todos os dias. Não entenderão que, dentro de uma Organização Política ou de um movimento social, por exemplo, serem as mulheres constantemente chamadas de mandonas e chatas, e com homens sendo chamados muitas vezes “apenas” de líderes e persistentes é sim uma violência.

Por falar em Organização Política, é importante reafirmar o que entendemos por “perfil militante”, ou seja, as qualidades que, ao nosso ver, reúne uma boa militante ou um bom militante. Afinal, nessa jornada de militância vimos muitos homens serem afastados e/ou desligados de organizações políticas por violências de gênero perpetradas contra mulheres dentro ou fora dos espaços de militância. Da mesma forma, vimos homens serem “perdoados”, “daremos outra chance”! Em um ou em outro caso, ainda que haja lamentação, a justificativa se dá, muitas vezes, sob alegação de que o camarada tem “perfil militante”. Para nós, um perfil militante é definido não só como a capacidade de disciplina, de organização, de inserção social e/ou de formação política. Um “perfil militante” também agrega, como condição, trabalhar o machismo dentro de si, evitando perpetrar violências de gênero em todos os âmbitos de nossas vidas, família, trabalho, organização política e movimentos sociais em que atuamos. Da mesma forma, atuar com repúdio a homofobia. Assim, um militante machista ou homofóbico não tem, em nossa concepção, um “perfil militante”. Isso não significa necessariamente, ou expressamente, que se precise ser desligado ou afastado. Afinal, é o grau da violência que deve ditar como uma Organização Política deve lidar com isso.

Não ter noção desses elementos como problemas, ou seja, não questioná-los ou problematizá-los, faz com que nós reproduzamos esses padrões e atitudes sem hesitar. Dar a essas questões um caráter de secundário faz com que elas se repitam, e massacrem cada vez mais militantes ao nosso lado, massacrando também qualquer ideal que tenhamos sobre Liberdade. Reproduzir opressões não leva à liberdade, mas à ilusão. Não queremos nos enganar, queremos mudanças reais, mesmo que lentas, porque como sempre dizemos: é preciso – sempre – manter uma coerência entre os fins e os meios. Em outras palavras, sobre a forma como estamos caminhando em direção ao mundo novo que ainda vemos ao longe, mas que idealizamos e construímos neste instante.

 

Construir mulheres fortes!

Construir um povo forte!

 

 

Organização Resistência Libertária [ORL]


 

 

 

 

out 252015
 

 

 

DECLARAÇÃO DO II ENCONTRO REGIONAL CENTRO OESTE/SUDESTE DA

COORDENAÇÃO ANARQUISTA BRASILEIRA

Nos dias 10, 11 e 12 de outubro, foi realizado, em Belo Horizonte (MG), o segundo encontro da Regional Centro-Sudeste da CAB, contando com a presença das organizações Rusga Libertária (Mato Grosso), Federação Anarquista do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Organização Anarquista Socialismo Libertário (São Paulo) e o Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Minas Gerais).

O encontro teve como objetivo estreitar nossa relação regional, aprofundando em termos organizativos, formativos e práticos, servindo como um espaço de análise de conjuntura, de formação e levantamento de perspectivas para que as nossas lutas caminhem juntas em um mesmo rumo organizativo e combativo.

Estamos em uma conjuntura de maiores ataques aos oprimidos e oprimidas, ataques oriundos – historicamente – do Estado contra a classe trabalhadora, contra as mulheres e povos originários, ao mesmo passo em que amargamos uma crise econômica que, como todas as crises do sistema capitalista, gerida pelo governo de turno (PT/PMDB), atinge somente aos de baixo. A criminalização e perseguição aos movimentos sociais continuam em curso, com a tentativa do Estado de calar aquelas e aqueles que lutam.

Por esse momento exigir maior organização e determinação na luta, entendemos que nosso encontro teve um papel destacado na articulação e fortalecimento de nossas organizações, tanto em seus respectivos estados quanto em nível regional. A articulação de nossa militância em diversas frentes de luta (comunitária, estudantil e sindical), assim como o aprofundamento do debate de gênero e variadas formas de opressões, é fundamental para a ação anarquista.

Dessa forma, concluímos o encontro com a sensação de termos avançado em pontos fundamentais para a nossa militância, mas ainda com muito trabalho a ser feito. A tarefa é árdua e exige um trabalho prolongado, alinhado tanto regional quanto nacionalmente, que é o que a CAB vem humildemente construindo. Após o III encontro da Regional Sul no meio deste ano, a recente fundação da FARPA (Federação Anarquista do Palmares / AL) e a realização do I Encontro NO/NE da CAB no mesmo momento em que realizávamos nosso encontro regional CO/SE, visualizamos nosso encontro como mais um resultado positivo do trabalho que viemos realizando de forma coordenada no âmbito nacional.

É na firmeza de nossos princípios ideológicos que vamos caminhando com passos firmes, modestos e radicalizados nas trincheiras da luta popular em que estamos/estaremos inseridos, é na prática constante da crítica e autocrítica que avançamos na construção de um Povo Forte e com perspectivas reais da construção do Poder Popular e do Socialismo Libertário!

Desde Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, seguimos na luta.

Viva o Anarquismo Organizado!

Viva a Coordenação Anarquista Brasileira!

Não tá Morto Quem Peleia. Organizar, Lutar, Criar o Poder Popular!

Rusga Libertária

Federação Anarquista do Rio de Janeiro / FARJ

Organização Anarquista Socialismo Libertário / OASL

Coletivo Mineiro Popular Anarquista / COMPA

 

 

out 192015
 

DECLARAÇÃO DO ENCONTRO NORTE/NORDESTE DA

COORDENAÇÃO ANARQUISTA BRASILEIRA (CAB)

No sertão da Bahia, organizações anarquistas afinadas com a corrente especifista, estiveram reunidas nos dias 10, 11 e 12 de outubro, dando continuidade à construção dessa estratégia, especialmente, nas partes do Norte e Nordeste do mapa brasileiro. Este VI Encontro das Organizações Anarquistas Especifistas do NO/NE, teve como particularidade, ser o I como Encontro NO/NE da CAB. Ou seja, todas as organizações participantes, já estão agrupadas organicamente na Coordenação Anarquista Brasileira ou demonstram interesse em tal objetivo.

O discurso de “crise” vai muito além de consequências meramente econômicas. Ele cumpre um papel ideológico na desmobilização das ações populares, mesmo aquelas de cunho apenas reivindicatório. Os cortes de verbas, com a “necessidade” do ajuste fiscal, têm fomentado um contexto social de perda de direitos trabalhistas (a exemplo do PL 4330 – que amplia e legitima um modelo de trabalho precarizado através da terceirização) de aumento da carestia de vida, das chantagens do cassino econômico, a ascensão da criminalização dos protestos – através da intensificação da repressão (como a Lei Antiterrorismo e seu papel na tentativa de silenciar @s que lutam), a redução da maioridade penal – aliada ao fechamento de escolas públicas e abertura de presídios, o desmantelamento de setores públicos como incentivo a privatizações, entre outras ações que representam os interesses do Estado e Capital privado na manutenção do status quo e do controle social.

A ascensão de pautas progressistas que se vislumbrou nas jornadas de junho de 2013, hoje é contrastada por uma direita política e econômica mais articulada e retrógrada. O descrédito das instituições sociais e dos partidos políticos, acompanhado de uma “política do medo” – que legitima políticas segregacionistas e racistas em relação aos espaços públicos –, contribuem para a despolitização dos de baixo e o acirramento das disputas dentro da própria classe trabalhadora.

Neste contexto de midiatização política onde é desenhada uma falsa polarização entre PT e PSDB (e nesta seara, o fortalecimento do PMDB para a retomada da governabilidade), opor-se às ordens petistas, é visto como automática aliança às ideias tucanas. Existe um imaginário onde o Partido dos Trabalhadores ainda encontra-se no conjunto de organizações da classe trabalhadora (mesmo que como traidor desta). Nesse sentido, a oposição ao PT reverbera em diversos setores da luta popular, tendo gerado como uma das consequências o abandono a toda e qualquer forma de mobilização. Rejeitamos frontalmente tal modelo, por enxergarmos que há uma confluência de interesses na política parlamentar, e estes, estão longe de serem favoráveis às necessidades, anseios e sonhos d@s oprimid@s. Sendo assim, as ações de resistência d@s trabalhador@s, como greves, paralisações e piquetes, vêm sendo tomadas cada vez mais de forma independente, visto que as centrais sindicais se articulam apenas para a defesa do governo e não da nossa classe.

Este cenário, ao passo que se constitui ambiente favorável à emergência de posicionamentos fascistas, lança, na outra mão, grandes desafios às organizações libertárias de hoje. As denuncias à institucionalização das lutas sociais, sempre estiveram presentes na práxis anarquista. Assim, princípios, para nós, inegociáveis, apontam um caminho que, em sua longa estrada, empodera @s de baixo, fortalecendo e federalizando as lutas populares em ação direta. Contra todas as formas de opressão, com solidariedade de classe. Urge a necessidade de alternativas não parlamentares, com alianças táticas, construídas à luz das nossas experiências históricas, objetivando uma sociedade radicalmente diferente desta. É nisto que acreditamos. É por isto que estamos aqui.

Fórum Anarquista Especifista (FAE) – BA

Federação Anarquista dos Palmares (FARPA) – AL

Organização Resistência Libertária (ORL) – CE

Coletivo Anarquista Organizado Zabelê (CAOZ) – PI

Federação Anarquista Cabocla (FACA) – PA

 

Feira de Santana/Bahia, 11 de outubro de 2015

set 292015
 

SOLIDARIEDADE COM O COMPANHEIRO ARI DO SUATT

(Sindicato dos Taxistas) – Montevidéu – Uruguai

Difundimos e queremos fazer chegar aos lutadores e lutadoras do Brasil nossa solidariedade ao companheiro detido hoje pela manhã após a dispersão de um ato por agentes da inteligência. É sabido que o SUATT tem sido incansável na defesa dos direitos dos trabalhadores e tem tomado um lugar ao lado dos conflitos da educação pública, entre eles a ocupação do Codicen semana passada, que foi despejada pela violência policial.

O governo da Frente Ampla e as patronais querem calar as rebeldias populares com processos judiciais e repressão sobre os de baixo.

NÃO ESTÃO SOZINHOS COMPAS!

NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!

NOSSA SOLIDARIEDADE LIBERTÁRIA NÃO CONHECE FRONTEIRAS.

ARRIBA LOS Y LAS QUE LUCHAN!!!

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COORDENAÇÃO ANARQUISTA BRASILEIRA (CAB)

cab

 

set 282015
 

Na última quinta-feira, 24, tivemos a infeliz notícia da “recepção” de João Pedro Stédile (Dirigente Nacional do MST) pelos cada vez mais fascistas organizados pelos PSDB, no aeroporto de Fortaleza. Essa “recepção” foi organizada pelo vice-presidente do partido em Fortaleza, somado a outrxs militantes que dispensaram várias palavras de ódios contra João Pedro e a professora Adelaide Gonçalves (UFC).

Registramos aqui nosso apoio a Stédile e principalmente a companheira Adelaide, que tem contribuído ao longo de anos com o socialismo e na construção de movimentos sociais nestas terras. A companheira tem, desde de 2008, quando da fundação da Organização Resistência Libertária, sido parceira em várias atividades conosco e merece todo nosso apoio contra os fascistas que a agrediram naquela situação.

 

Reproduzimos abaixo nota do site do MST, e assinamos a nota anexa.

 

 

MST denuncia e repudia ato agressivo e constrangedor contra Stédile


A Direção Nacional do MST vem a público denunciar e repudiar o ato agressivo e constrangedor que o membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile, sofreu no aeroporto de Fortaleza na noite desta terça-feira (22).

Para o MST, este episódio não é um fato isolado, mas um reflexo do atual momento político pelo qual passa o país, em que se vê crescer a cada dia o ódio contra os movimentos populares, migrantes e a população negra e pobre, como os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro em que a juventude das favelas está sendo impedida, com risco de sofrer agressão, de ir às praias da zona sul da capital fluminense.

Estes atos de violência e ódio propagado intensamente nas redes sociais, e que reverbera cada vez mais nas ruas, é mais uma demonstração da violência dos setores da elite brasileira dispostos a promover uma onda de violência e ódio contra os setores populares.

Clique aqui e confira a nota de solidariedade de diversos movimentos populares.

Porém, num outro recente episódio de ódio contra Stédile, quando circulou nas redes sociais um cartaz em que oferecia uma recompensa por ele “vivo ou morto”, já alertávamos que a dimensão destes acontecimentos advém, sobretudo, de uma mídia partidarizada, manipuladora e que distorce e esconde informações, ao mesmo tempo em que promove o ódio e o preconceito contra os que pensam diferente.

São estes meios de comunicação a serviço de uma direita raivosa e fascista os responsáveis por formarem estas mentalidades criminosas e odiosas que alimentam as ruas e as redes sociais com os valores mais anti-sociais e desumanos que possa existir.

Entretanto, estas atitudes não serão capazes de nos tirar da luta por Reforma Agrária e pelos direitos sociais historicamente negados ao povo brasileiro. Não aceitaremos que nenhum militante dos movimentos populares sofra qualquer tipo de agressão ou insulto por defender e lutar por justiça social. Nos comprometemos a permanecer em luta nas ruas pela defesa da democracia, dos direitos civis, da classe trabalhadora e o respeito aos valores humanitários.

“Ousar lutar, ousar vencer!”

Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!

 

Direção Nacional do MST
São Paulo, 23 de setembro de 2015.

 

set 242015
 

SAUDAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO RESISTÊNCIA LIBERTÁRIA À

FEDERAÇÃO ANARQUISTA DOS PALMARES [FARPA]

Resistência, ousadia, princípios, organização… Características que são reafirmadas com este passo que ora compas de Alagoas, de forma insólita e sóbria, dão neste momento. Não pode haver resignação na luta de classes! Nossa tarefa é árdua, dolorosa, faz cansar… Mas passos como este nos reanimam e nos fazem ter ainda mais confiança de que estamos no caminho certo. E este caminho é feito a cada passo, cada passo como este de agora, derrubar muros, construir pontes e atirar nos inimigos de classe, as pedras que vamos encontrando nessa estrada, são ações cotidianas.

Nós, da Organização Resistência Libertária (ORL), do Ceará, há tempos, caminhávamos em luta, ombro a ombro, junto com compas do CAZP e COLIDE, agora, com muita alegria e fôlego renovado, saudamos a FARPA. Sabemos que tal realização não se deu de repente, mas sim, é fruto de ensaios onde o nosso princípio do Federalismo já estava sendo praticado. Acreditamos que tal nascimento será de suma importância para todas e todos nós que carregamos a bandeira de nossa ideologia em terras nordestinas, deste recanto de resistência e bravura de ‘nuestra latino America’.

ENRAIZAR O ANARQUISMO E ENGROSSAR AS LUTAS DE NOSSA CLASSE!!!

VIVA A CAB!

VIVA A FARPA!

 

Organização Resistência Libertária [ORL/CAB]

19 de setembro de 2015

Fortaleza – Ceará

 

set 202015
 

Declaração do I Seminário de Gênero
“Mulheres do Gueto lutam sem medo”

Nós, mulheres da Organização Resistência Libertária, integrante da Coordenação Anarquista Brasileira, e nós mulheres do Movimento Social FOME, reunidas no I Seminário de Gênero intitulado “Mulheres do Gueto que Lutam sem Medo”, afirmamos nossa disposição de enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher: física, sexual, simbólica, psicológica e patrimonial. Quer seja violência doméstica, institucional, nos movimentos sociais e em organizações políticas.

Afirmamos que permaneceremos unidas na luta por igualdade de direitos sociais e pela livre expressão da nossa sexualidade. Permaneceremos cotidianamente em nossos espaços de atuação construindo a emancipação das mulheres. Sabemos que nossa classe só será livre quando nós, mulheres, formos livres. E essa verdadeira liberdade só poderá existir em uma sociedade socialista, em que não sejamos obrigadas a vender nossa força de trabalho.

Aqui, da periferia urbana, aproveitamos o espaço para declarar solidariedade à luta das mulheres camponesas, indígenas, quilombolas e de outras periferias. Declaramos solidariedade à luta das mulheres zapatistas, no México, e à luta das mulheres Curdas, no Oriente Médio.

Assim, nos propomos a enraizar o feminismo pelo Ceará, pelo Nordeste, pelo Brasil e pelo mundo.

Construir mulheres fortes!

Construir um povo forte!

 

Terrenos Novos – Sobral

19 de setembro de 2015

 

 

set 182015
 

I SEMINÁRIO DE GÊNERO “Mulheres do Gueto que LUTAM sem Medo”

Somos mulheres do gueto, resistentes, guerreiras e feministas. Estamos em luta por nossa autonomia, nosso direito a viver livremente nossa sexualidade e por uma transformação radical da sociedade.

Somos gente que luta pelo fim da desigualdade de gênero e contra o machismo vigente.
O que nos move é o desejo de que as mulheres não sejam mais oprimidas
Queremos liberdade para as mulheres, com espaço para o salto, a alegria e o sorriso.

Com a proposta de organizar as lutas das mulheres, estará sendo realizado neste sábado (19) de setembro, de 09h as 12h e de 14h as 17h o I SEMINÁRIO DE GÊNERO “Mulheres do Gueto que LUTAM sem Medo”, nos concentraremos na luta pela emancipação da mulher contra uma sociedade patriarcal.

 

 

ago 272015
 

A Organização Resistência Libertária, integrante da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB), convida a todxs para o II Encontro do Ciclo de Debates Anarquistas. Nesta sessão teremos um debate sobre o Anarquismo Especifista. O objetivo do Ciclo de Debates é pautar discussões sobre a ideologia, teoria, história e vigência do Anarquismo nos nossos dias.

Endereço: Centro De Humanidades II (CH2-UFC) Av. da Universidade, 2762 – Benfica, 60020-181 Fortaleza-CE